Fertilização In Vitro (FIV)

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES: FIV

A maior pergunta dos casais é esta. O envolvimento pessoal e financeiro leva a racionalizar o tratamento ao máximo. O problema que a resposta não é simples por que cada causa pode nos dar um senário diferente. Exemplo: mulher jovem com laqueadura de trompas e que não quer reverter = chances excelentes; casal com idade mais tardia = menores chances. Até pouco tempo as chances não ultrapassavam 30%, hoje os bons laboratórios tem uma média de 45% de sucesso. Mas pode superar os 60% em mulheres abaixo de 30 anos e rondar e menos de 10% após os 42 anos.

A gestação gemelar é bastante comum em FIV. A rede latino americana de infertilidade cobra que as taxas de múltiplos não deve exceder 20% das gestações obtidas. Ou seja, o número é grande! Para comparar habitualmente as taxas não podem exceder 1%. O grande problema é que ainda não temos uma seleção embrionária capaz de apontar quem será o embrião que levará a gestação e isso provoca a transferência de mais de um embrião por vez.

A menos de uma década era bastante comum a transferência de muitos embriões a cada tentativa de gestação, e isso levou a muitas gestações de grandes múltiplos. O conselho federal de medicina passou a orientar as clinicas a reverter essas estatísticas. Hoje, mulheres de até 35 anos podem receber, no máximo, dois embriões. De 36 a 39 tres embriões e após os 40 anos 4 embriões. Apesar de muitos casais desejarem uma gestação gemelar lembro que estas normalmente são de maiores riscos maternos e fetais e devem ser evitadas. A ideia deverá ser sempre a transferência de 1 embrião (SET – single embryo transfer).

Os trabalhos mostraram que algumas doenças bastante raras (como Síndrome de Angelman e Prader Willi) foram notificadas em maior incidência que na população em geral. Porem, relacionadas a idade materna mais avançada. Assim é bastante seguro afirmar que não leva a malformações quando comparadas a gestações espontâneas.

Sim, no tratamento de FIV é possível fazer a biopsia embrionária e descobrir o sexo do bebe. Contudo, essa prática não deve ser feita de forma rotineira e sim excepcionalmente como em doenças ligadas a um determinado sexo (por exemplo, hemofilia). A sexagem por questões sociais não deve ser feita.

O custo realmente não é barato. O custo de manutenção de um laboratório é expressivo e as medicações são bastante caras. Hoje o custo pode variar de 8 mil a 30 mil reais, dependendo da necessidade de cada casal. Lembro que um tratamento é bastante complexo e multidisciplinar.

A FIV envolve uso de hormônios e uma carga emocional enorme. Os hormônios levam a uma retenção de líquido decorrente principalmente da progesterona; já a ansiedade leva muitas mulheres a relaxar com os exercícios (muitas vezes obrigatório) e principalmente buscar alimentos mais calóricos que liberam mais endorfina e com isso maior ganho de peso. Quando o casal se sente acolhido dificilmente esse ganho de peso ocorre (alimentar).

De uma forma geral dividimos em efeitos colaterais menores (mais comuns) e maiores (incomuns). O efeito colateral mais comum é o inchaço decorrente dos hormônios. Ganho de peso, dor de estomago e cabeça, e manchas na pele também comuns. Existem problemas mais sérios como trombose, acidentes de punção (punção da bexiga), sangramentos abdominais e infecções. Outro ainda grave é a hiperestimulação dos ovários que hoje é mais rara pelo controle dos seus eventos via hormônios, mas quando ocorre leva a dor, acumulo de liquido do abdome (ascite) e tórax e em quadros severos até a morte.

O tratamento sempre começa nos 3 primeiros dias da menstruação com hormônios para estimular a maior produção de óvulos pelos ovários. Esta fase dura 10 dias. 36horas após a ultima injeção se faz a coleta dos óvulos. A transferência dos embriões se dá 3 a 5 dias após isso. Ou seja da menstruação a transferência de embriões, em média, 20 dias. O exame de gravidez se dá 11 dias após a transferência de embriões, então tudo, da menstruação ao exame de gravidez, dura 30 dias.

A resposta para a pergunta deve se dividir em uso de óvulos próprios e doados. No caso de óvulos próprios fica claro que após os 40 anos há uma queda de seu número e qualidade e que após os 45 anos quase sua inviabilidade para obter uma gestação. Assim cada caso deve ser discutido. Com óvulos doados o CFM orienta que a mulher não deve engravidar após os 50 anos, mas isso se trata de uma orientação e que deve ser discutido com cada casal.

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