FAQ INSEMINAÇÃO INTRA UTERINA (IIU)
Em um tratamento de reprodução assistida, as chances de acontecer uma gravidez de gêmeos aumenta consideravelmente se comparado com uma gestação natural. Na população em geral as chances e engravidar de gêmeos é de 1,5% e com tratamento como FIV é em torno de 20%, ou seja, 1 em cada 5 casas que fazem FIV terão gêmeos.
Isso acontece porque, para aumentar as chances de sucesso da Fertilização in vitro, pode ser feita a transferência de mais de um embrião para o útero da paciente.
Todos que trabalham com reprodução humana querem o sucesso, mas devemos evitar
ao máximo uma gravidez gemelar pelos riscos obstétricos ligados a gestação. Pensando em reduzir as chances de gestações múltiplas, principalmente das trigemelares em diante, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou recomendações sobre o número de embriões que podem ser transferidos ao útero da mulher de acordo com a idade das pacientes: Mulheres de até 37 anos podem implantar até dois embriões.
Acima dessa idade, cada uma poderá transferir até três. Em caso de embriões
euplóides (com 46 cromossomos), a resolução delimita a implantação em até dois embriões, independentemente da idade.
A genética tem um papel importante no nascimento de gêmeos. Mas ainda é muito difícil precisar com exatidão uma chance exata. As pesquisas de DNA hoje em dia estudam esta agregação familiar de nascimentos gemelares (casos de gêmeos numa mesma família).
Para mulheres com gêmeos não idênticos na família, há maiores chances de que ocorra uma gestação gemelar monozigótica.
Contudo, nos casos onde a FIV foi realizada a gemelaridade ocorre mas devido ao número maior de embriões (FIV) )ou óvulos (inseminação ou coito) produzidos.
Existem dois tipos de gestação gemelar baseada na origem delas, porém muitas nomenclaturas. UNIVITELINOS (monozigóticos ou não-fraternos) – são os gêmeos idênticos. Apenas um óvulo e um espermatozóide originaram o embrião, mas le se divide espontaneamente levando a formação de dois bebes geneticamente identicos e com mesma carga genética/sexo. Pode, ainda, se dividir mais de uma vez, originando três ou quatro ovos (trigêmeos ou quadrigêmeos idênticos, sendo esses, raríssimos). Se esse óvulo se dividir muito cedo os gêmeos serão dicoriônicos (duas placentas) e diaminióticos (dois sacos gestacionais) , ou seja, é possível que gêmeos univitelinos estejam em placentas separadas. BIVITELINOS (dizigóticos ou fraternos) – são os gêmeos que são formados pela fecundação de dois ou mais óvulos por dois ou mais espermatozóides. Estes gêmeos são sempre geneticamente diferentes e cada um deles terá sua placenta e membrana. Equivale a duas gestações que se desenvolvem ao mesmo tempo e no mesmo ambiente. Nesse caso o sexo pode ser diferente ou igual.
Numa gestação habitual o ganho de peso é dividido pelo trimestre da gravidez. No 1º trimestre o ganho deve ser de 1 kg; no 2º trimestre 3Kg e no 3º 7 Kg totalizando 12kg. Numa gestação de gememos acrescentamos 3-5kg a mas nessa conta. Nenhuma gestante deve se preocupar em comer “por dois”, deve investir em boa nutrição e controle adequado das calorias.
A obstetrícia mudou suas indicações quanto a indicação da via de parto. Até pouco tempo atras a via cesariana era sempre indicada, atualmente partos vaginas passaram a ser mais indicados desde que seja seguro. Nesses casos é fundamental ter o primeiro bebê com a cabeça voltada para baixo, ou seja, na posição cefálica. É importante, também, que o segundo bebê não seja muito maior do que o primeiro, independente da posição em que esteja. O fato que o casal deve estar ciente e bem acolhido para tomar a melhor decisão possível.