Você já deve ter escutado falar em hiperêmese gravídica, a doença que afetou a Duquesa Kate Middleton em suas gestações.
O post de hoje é sobre este tema que pouco se fala e que muitas mulheres acabam tendo na gestação sem saber exatamente o que é. Confira!
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
Para quem gosta de ver filmes já está acostumado que o primeiro sinal que a tela mostra que a plantonista está grávida é o vômito! Normalmente uma cena bem escarafunchada dela correndo para o banheiro ou pegar um balde. E isto é verdade, a gestação geralmente causa náuseas e vômitos. A principal explicação é a rápida elevação dos níveis hormonais, principalmente da fração beta da gonadotropina coriônica humana (beta-hCG – hormônio que dosamos para confirmação da gestação).
Além do hCG, a progesterona (hormônios principal da manutenção da gravidez) também ajuda nas náuseas, atuando no movimento das vísceras (peristaltismo) invertendo o mesmo levando aos vomito, principalmente quando há um hiato entre as refeições maior que 3 horas.
Os vômitos normalmente iniciam-se após 5 semanas de gestação, com picos na 9ª semanas, e desaparecem entre 16ª a 18ª semanas. Isso geralmente ocorre pela manhã (por isso, é denominada doença matinal), embora possa ocorrer em qualquer horário do dia. Nesse período pode ocorrer perda de peso e até um pouco de desidratação.
Relembre aqui: as fotos da saída da maternidade da Duquesa
Contudo, algumas vezes os momentos se tornam intensos e constantes configurando um quadro que chamamos de hiperêmese gravídica. Nesses casos podem estar associado: Perda ponderal (> 5% do peso); Desidratação; Cetose; Anormalidades eletrolíticas (em muitas mulheres). Além disso não é incomum alterações também na glândula da tireoide (hipotiroidismo) e mesmo esofagite (até sangramentos). Nesses casos a hospitalização é sempre o caminho mais usado.
O diagnóstico é eminentemente clínico com avaliação do estado geral da paciente já virtual falta de resposta do tratamento clínico (p. ex., início, duração e frequência dos vômitos; fatores que exacerbam e aliviam; tipo e quantidade de hêmese; falta de resposta as medicações). Durante a internação a via venosa é a preferencial para a medicação, hidratação e suporte de vitaminas. Exames clínicos podem ajudar avaliar casos mais graves (cetonúria, TSH, eletrólitos séricos, creatinina e enzimas hepáticas). A ultrassonografia obstétrica deve ser obtida para excluir a possibilidade de mola hidatiforme e gestação múltipla, além de avaliação fetal de controle.
O tratamento é hospitalar para hidratação, reposição de vitaminas (e eletrolíticos), medicação antiemética venosa, além disso fracionamento da alimentação e até mesmo jejum transitório. Não um prazo para alta hospitalar, o mais comum que dure poucos dias. Aos poucos as pacientes passam a tolerar a dieta e quando a aceitação for de alimentos sólidos sem vômitos a alta é concedida.
Matéria: Macetes de Mãe