Inseminação Intrauterina

Uma evolução das técnicas de reprodução humana de baixa complexidade é a inseminação intrauterina (IIU). Nesse processo o evento gestação ainda ocorre de forma natural, mas com uma ação médica e laboratorial mais presente quando comparada com o coito programado.

As principais indicações para a IIU são: falhas de coito programado (3 vezes); fator masculino leve; ovulação irregular; quando não há uma causa clara (ISCA). Contudo lembro que no caso de uma mulher que tenha mais de 37 anos; mais de 5 anos sem métodos contraceptivos ou reserva ovariana devem ser muito bem avaliado a indicação de IIU para que não se agrave o problema.

QUAIS OS EXAMES MÍNIMOS NECESSÁRIOS?
  • Histerossalpingografia;
  • Ultrassonografia endovaginal;
  • Dosagens hormonais;
  • Espermograma completo;
  • Sorologias do casal.

O tratamento começa nos primeiros 3 dias da menstruação com a estimulação dos ovários. A estimulação é feita com hormônios orais ou injetáveis que são indicados a depender da necessidade de resposta e do quadro. O processo dura em média 10 dias. Para avaliar o crescimento e contagem de folículos o ultrassom transvaginal é o método de escolha. Normalmente são de 2 a 5 ultrassonografias. Nesse processo deseja-se o desenvolvimento de 2 a 4 folículos nos ovários e, de preferencia, que se distribuam entre ambos ovários para oferecer maior chance de sucesso. Esta etapa se encerra com o desencadeamento da ovulação via um hormônio que imita o pico de LH (hCG) para completar o amadurecimento e extrusão dos óvulos.

A obtenção dos espermatozoides se dá por masturbação ou via banco de sêmen. Para homens que precisam de cirurgia para obter os espermatozoides (por exemplo, punção testicular) a técnica de IIU não é possível pelo numero insuficiente de espermatozoides para o processo. Em torno da 36ª hora é feita a colocação dos espermatozoides no útero via um fino cateter sem a necessidade de anestesia. A partir desse momento termina toda intervenção médica e a natureza assume. Aguarda-se então que ocorra o encontro dos gametas (espermatozoide e óvulo) e a gravidez.

Sugere-se que após a IIU o uso de progesterona para otimizar o processo de forma a dar um suporte a fixação do embrião no útero. A via mais comum é a vaginal com progesterona micronizada (podendo sinda ser oral e injetável).

Complicações são raras neste tipo de procedimento sendo as grandes gestações múltiplas o de maior destaque. Para se evitar a IIU deve ser evitada quando há um numero maior que 4 folículos ovulatórios ainda na fase de indução da ovulação. Após a IIU ser feita a vida da mulher deve ser normal sem grande limitações.

A taxa média de gravidez por ciclo de inseminação artificial é de 20% a 30%. A maioria das gestações acontece nas primeiras inseminações, caso de não obtenção de uma gestação em 3 tentativas outras técnicas de reprodução assistida devem ser consideradas.

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