Hoje você vai entender tudo sobre pré-eclâmpsia. Para quem não sabe, começo explicando o que é pré-eclâmpsia e eclampsia. A primeira é o aumento de pressão associado à presença de proteína na urina ou a disfunção de órgãos. Já a segunda, trata-se da evolução para o estágio mais grave.
Neste post, nosso colunista, o Dr. Vamberto Maia, médico ginecologista, vai explicar sobre a pré-eclâmpsia.
Pré-Eclâmpsia
Pré-natal é a forma de acompanhamento da gestação onde obstetra busca continuamente situações que podem comprometer a gravidez. Entre as mais importantes está o aumento da pressão. A pressão alta pode ser anterior a gestação ou começar durante a mesma, contudo se associar a liberação de proteína na urina se caracteriza como pre eclampsia e é um evento ainda mais séria.
A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gravidez que está relacionado a problemas imunes da placentação levando a espasmos nos vasos sanguíneos, alterações na capacidade de coagulação do sangue e diminuição da circulação sanguínea. Ou seja, um problema onde o bebê é o motivo de todas as alterações.
Os seus sintomas podem manifestar-se durante a gravidez, principalmente após a 20ª semana de gestação, no parto ou após o parto e incluem pressão alta, superior a 140 x 90 mmHg, restrição de crescimento fetal, presença de proteínas na urina, insuficiência renal, e inchaço do corpo devido à retenção de líquidos. Em casos graves pode ocorrer a síndrome Hellp.
Algumas das condições que aumentam o risco de desenvolver pré-eclâmpsia incluem quando a mulher engravida pela primeira vez, tem mais de 35 anos ou menos de 17 anos, é diabética, obesa, está grávida de gêmeos ou tem histórico de doença renal, hipertensão ou pré-eclâmpsia anterior, além de doenças autoimunes.
Quando a gestante apresenta elevação dos níveis pressóricos os é preciso fazer o diagnóstico diferencial entre: Hipertensão Crônica, Hipertensão crônica superajuntada, Hipertensão na gestação e pré eclampsia, pois o tratamento será bastante diferente. E a Pré eclampsia pode ser grave, eclampsia e ainda síndrome Hellp.
Aproximadamente 3% a 7% das gestantes apresentam pré-eclâmpsia. O principal fator determinante para definição e determinação da causa do aumento da pressão é a presença de proteína na urina (proteinúria). Quando se identifica a pré-eclâmpsia os cuidados devem ser redobrados, já que pode causar convulsões (eclampsia) súbitas. A eclampsia representa 20% das gestações de alto risco, 15% das causas de prematuridade e 15% de morte materna (2ª causa atrás das causas hemorrágicas).
A identificação de risco pode ser feita logo na primeira consulta com o rastreio de fatores maternos (Idade, peso, histórico pessoal de diabetes, hipertensão arterial, Fertilização in vitro, doenças autoimunes e passado de pré-eclampsia), bem como com a ultrassom do doppler das artérias uterinas no primeiro trimestre ou mesmo marcadores biológicos (PLGF). A pré-eclâmpsia (com ou sem eclampsia) surge após a vigésima semana de gravidez e se ocorrer após a 34ª semana será tardia. E ainda pode ocorrer de forma menos comum após o parto.
Em mulheres com diagnóstico de pré-eclampsia precisamos ficar atento alguns sintomas que confere gravidade da doença: Dores de cabeça intensas, visão distorcida, dor na parte superior, diminuição da urina e alterações visuais (pontos brilhantes). Nessas mulheres o bebê pode ser pequeno devido ao mau funcionamento da placenta ou porque nasce prematuramente. Isso aumenta o risco de óbito fetal.
O tratamento final sempre será a resolução da gravidez com o parto. Porém, deve ser sempre levado em consideração a idade já está acional para aproximar ao máximo e uma gestação a termo. No primeiro momento a melhor conduta é o controle da pressão arterial que evitará muitos os problemas resultantes. A maioria das mulheres com pré-eclâmpsia e todas as mulheres com eclampsia serão internadas.